quarta-feira, 27 de junho de 2012

METAPINTURA


META e PINTURA. Analisando cada palavra separadamente temos:
Meta como uma reflexão crítica de; metalinguagem” ou ainda, "Meta como através de, por meio de"[1], e Pintura como “a arte e a técnica de aplicar tinta sobre uma superfície plana, a fim de representar, de gerar uma representação figurativa e ou abstrata.”[2]
       
 A METAPINTURA uma forma de aprendizado. A experiência de “copiar”  uma determinada  pintura ou somente um detalhe.
Esta “cópia” se justifica como meio de investigação, um caminho para chegar ao conhecimento. 
  Uma reflexão sobre a pintura, sobre sua época, seu estilo, juntamente com a própria experiência de reproduzi-la (pintura de uma pintura).
 Um meio para se alcançar o entendimento da arte de determinado período histórico, aprendendo sobre o artista, sua  pintura, sua história.
 
Realizar a leitura de uma obra, (...) um estágio inicial para se apoderar de maneira prática dos paradigmas da pintura. A leitura não foi resumida apenas na realização de uma cópia, mas sim na realização de um desafio que impõe por si mesmo o pesquisador fazer, a conquista de um detalhe do desenho do artista, a descoberta da paleta de suas cores, discernindo a interatividade dos elementos visuais (linha, forma, volume, textura e cor) na composição do paradigma lido.
A metapintura como um percurso para assimilar o conhecimento sobre a arte de pintar,  (...)”
  “ (...) meio de aprender a pintar a partir  da leitura de obras, de pintores consagrados de diferentes épocas, num proceder  de “ o conhecer e o aprender em pintura” (OLIVEIRA, Darwin)


Pintura Ilusionista é quando vemos a intenção do artista em representar objetivamente as formas, figuras e o objeto, tal como são percebidas por um observador atento.(OLIVEIRA, Darwin)
Quando a pintura pretende ser a própria cena e não pintura.


O OBJETO deste estudo foi a pintura figurativa e ilusionista do séc. XVI ao XIX do séc. XVI ao XIX.

Metapintura 1



Metapintura 1 (Renascimento)



FICHA TÉCNICA
CRISTINE WECK PEREIRA
METAPINTURA de um detalhe da obra “BANHO DE DIANA”, pintada na técnica “óleo sobre madeira”,  no ano 1558 e 1560.
Dimensões:  136 x 196 cm, pintada pelo artista FRANÇOIS CLOUET.
Data: ABRIL/2012
136 × 196 cm      

"BANHO DE DIANA"

 Metapintura 2







  Metapintura  2 (Barroco)
Ficha Técnica
Cristine Weck Pereira
METAPINTURA de um detalhe da obra “O TRAPACEIRO”, pintada na técnica ÓLEO sobre TELA, no ano 1635, com dimensões  106 x 146 cm pelo artista GEORGES DE LA TOUR.
TÉCNICA: ÓLEO SOBRE PAPEL
DIMENSÕES:  297 mm  x  420 mm.
DATA: ABRIL/2012
"O TRAPACEIRO"
 
    Metapintura 3
Metapintura 3 (Neoclássico)
FICHA TÉCNICA
CRISTINE WECK PEREIRA
METAPINTURA de um detalhe da obra “APOTEOSE DE HOMERO”, pintada na técnica “óleo sobre tela”.
Tema:  Mitológico, no ano 1827.
Dimensões:  3,86m  x  5,12 m, pintada pelo artista Jean-Auguste Dominique Ingres.
Técnica: óleo sobre MDF
Dimensões: 1,22 m x 0,95m
Data: MAIO/2012


'APOTEOSE DE HOMERO"
"


[2] Segundo Ferreira (1975, p. 917 e 1089, citado por OLIVEIRA, Darwin. 2001, p.93)

Oliveira, Darwin Antônio Longo de. Metapintura: Conhecimento e Estudo da Pintura. Campo Grande, MS, 2002. 203 p.: Il; 30cm. Dissertação (Mestrado)-Universidade Federal de Mato Grosso do Sul.

Série Paletas:  http://www.youtube.com/watch?v=amUahbqg9GE

Fotos pinturas:
http://commons.wikimedia.org/wiki/File:LeBaindeDianeClouet.jpg
http://pt.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Jean_Auguste_Dominique_Ingres,_Apotheosis_of_Homer,_1827.jpg
http://oglobo.globo.com/pais/noblat/posts/2008/07/12/pintura-trapaceiro-com-as-de-ouros-de-la-tour-113651.

terça-feira, 12 de junho de 2012

DONA SETEMBRINA ou "MARIA BOTÃO"

        Dona Maria Setembrina Formiga, 70 e poucos anos, pessoa simples dotada de muita criatividade e habilidades, cria com técnicas artesanais as suas obras de arte - seus vestidos temáticos - dos quais ela integra, veste e faz suas performances. Desfila pelas festas de Lages, em Santa Catarina, como na Festa da Maçã, nos Bailes dos Idosos, Carnaval, na Festa do Pinhão.  
   Vou chamá-la de artista. 

          Uma artista popular, performática.
             
           Uma figura que já pertence à história local.
           
           Fez-se conhecer.
       
       Para a festa deste ano, a XXIV Festa Nacional do  Pinhão, criou e confeccionou um vestido com as figuras iconográficas desta festa - a gralha azul, e o pinhão. A gralha azul é a ave responsável pela disseminação da Araucária Angustifolia ou Pinheiro do Paraná (pinheiro nativo do Brasil que produz o pinhão. Este pinheiro quase chegou a extinção pelo desmatamento).
                              
           Uma artista e artesã, um pouco das duas coisas.
       
       Dona Setembrina sabe ser original e é orgulhosa de si e das suas criações. Mesmo no dia a dia, veste a sua moda. Roupas com crochês e bordados. Lindinha e faceira, se veste como gosta. É a sua própria estilista.
          Nas suas criações, reaproveita, tecidos e acessórios que sua nora, gari em Florianópolis, recolhe no Carnaval, coisas que as pessoas vão largando pela rua.
      
        É uma figura querida, que deveria receber mais atenção, respeito de todos, valor e incentivo dos órgãos responsáveis por esses eventos culturais que ela participa e abrilhanta.
        
          ABRILHANTAR -  expressão dela,  e ABRILHANTA mesmo as festas com sua presença.
         Dona Setembrina é corajosa e irreverente.
    
         Olhando para ela, lembrei  da arte de Eli Heil e dos Parangolés de Hélio Oiticica. Acho que Dona Setembrina, sem saber, sintetizou esses dois artistas.
         
     Na Performance o artista integra sua obra e se expõe, dançando, desfilando, interpretando, é o que ela faz.

         A Arte provoca em nós sentimentos diversos.

 A Festa Nacional do Pinhão de Lages acontece em junho, com vários eventos na cidade de Lages SC, Brasil.

 Com  permissão de Dona Setembrina coloco algumas fotos dela, para assim, abrilhantar também o meu blog com a sua presença.
         
Acessório (chapéu) 






           
Vestido da "Maria Botão"
                                                                                                                     
 Sapatinhos da vestimenta de botôes
   Dona Setembrina na Festa do Pinhâo
                                                                                            

Perfomance, happening; Eli Heil, Hélio Oiticica e os Parangolés:
            Eli Heil, artista catarinense:
           "Realizou um trabalho único, de difícil classificação, que na XVI Bienal Internacional de São Paulo foi catalogado como “Arte Incomum” (Art Brut). 'A arte para mim é a expulsão dos seres contidos, doloridos, em grandes quantidades, num parto colorido'” (diz Eli Heil).
           “Em seu processo de criação utilizou os mais diversos materiais (saltos de sapato, tubos de tinta, canos de PVC, etc.) e inventou inúmeras técnicas."
http://www.eliheil.org.br/por/artista/



 
Mundo Ovo de Eli Heil
       "Hélio Oiticica e a multisensorialidade dos parangolés.
           Hélio Oiticica foi um pintor, escultor, artista plástico e performático de aspirações anarquistas. É considerado por muitos um dos artistas mais revolucionários de seu tempo e sua obra experimental e inovadora é reconhecida internacionalmente. Uma de suas principais obras é o parangolé, expressão artística que envolve a dança os tecidos e as cores.”
http://multissenso.blogspot.com.br/2009/11/helio-oiticica-e-multisensorialidade.html

Parangolé (Héliooiticica
                         
           "Na década de 1960, Hélio Oiticica criou o Parangolé, que ele chamava de "antiarte por excelência" é uma pintura viva e ambulante. O Parangolé é uma espécie de capa (ou bandeira, estandarte ou tenda) que só mostra plenamente seus tons, cores, formas, texturas, grafismos e textos (mensagens(...), e os materiais com que é executado (tecido, borracha, tinta, papel, vidro, cola, plástico, corda, palha) a partir dos movimentos de alguém que o vista. Por isso, é considerado uma escultura móvel."
           "O happening (do inglês, acontecimento) é uma forma de expressão das artes visuais que, de certa maneira, apresenta características das artes cênicas. Neste tipo de obra, quase sempre planejada, incorpora-se algum elemento de espontaniedade ou improvisação, que nunca se repete da mesma maneira a cada nova apresentação.
Apesar de ser definida por alguns historiadores como um sinônimo de performance, o happening é diferente porque, além do aspecto de imprevisibilidade, geralmente envolve a participação direta ou indireta do público espectador." http://pt.wikipedia.org/wiki/Happening
               Performance:
           "Trabalhos muito diferentes entre si, realizados entre 1960 e 1970, aparecem descritos como performances, o que chama a atenção para as dificuldades de delimitar os contornos específicos dessa modalidade de arte. (...) A produção de Hélio Oiticica (1937-1980) dos anos de 1960 - por exemplo os Parangolé - guardam relação com a performance, por sua ênfase na execução e no "comportamento-corpo", como define o artista. "

segunda-feira, 11 de junho de 2012

XXIV Festa Nacional do Pinhão em Lages SC e 90 anos de Dona Daura

     Fomos a Lages SC, no início deste mês, junho, para comemorarmos juntamente com todos os familiares os  noventa anos de Dona Daura, que  coincide com a Festa do Pinhão. 
      Dona Daura aproveitou como ninguém sua festa. Muito alegre, sempre muito disposta dançou todas as músicas (samba, rock, valsa, etc) - admiravelmente e no ritmo. É um exemplo de pessoa. É mãe, avó, bisavó, amiga, vizinha, parceirona - pois está sempre pronta e disposta. 
       O dia de Corpus Christi, coincidiu com o show do Gaúcho da Fronteira. Dona Daura não perdeu "nenhum, nem outro", foi a Procissão, a missa e depois fomos para a praça e ela esperou, assistindo aos shows até o fim. Firme e como a gurizada diz: "de boa". 
      Acho que a fórmula para a longevidade saudável é estar sempre de bem com a vida e com todos, ser feliz,  adaptar-se as modernidades, participar, e estar rodeada de amigos. É um exemplo!
      Esta foto é do enfeite de cima da torta da festa. Ficou muito parecido com ela: o rosto; a roupinha está igual a que ela usou na festa, até a blusa de lantejoulas. Uma gracinha!
         Não perguntei quem fez este enfeite do bolo, mas quando eu souber eu coloco o nome.

Dona Daura
         
       QUANTO A FESTA DO PINHÃO, aproveitamos a ocasião, pois estavamos lá no período da Festa e...

         A Festa do Pinhão em Lages SC, estava ótima, terminou dia 10/06. Assistimos Almir Sater, que é daqui de Campo Grande - MS, onde eu moro. Almir Sater apresentou-se no Parque de Exposições. 
      Na Praça João Costa, no centro de Lages, assistimos o "Gaúcho da Fronteira" e outros grupos regionalistas (do sul).
      Adorei,  os shows da praça. As músicas me fizeram lembrar  do meu pago  - lembranças do meu Rio grande do Sul . Saudades!
                          Obs: (Pago é onde se nasceu - dialeto gaúcho). 
         
       E estava frio!

       
         Ai estão algumas fotos que eu tirei. As foto feitas a noite não ficaram muito boas, a máquina não ajudou muito, ou a fotógrafa que não soube explorá-la, mas registrei.
Banner da Festa, com a programação, a "logo" e as princesas e rainha da festa.

Praça João Costa



                               
                             



Gaúcho da Fronteira

Gaúcho da Fronteira
Dona Setembrina e seu vestido de botões.




 Catedral de Lages SC,  quinta - feira - Corpus Christi

Corpus Christi

          "É um evento baseado em tradições católicas. É realizada na quinta-feira seguinte ao domingo da Santíssima Trindade, que, por sua vez, acontece no domingo seguinte ao de Pentecostes.(...) Em muitas cidades portuguesas e brasileiras, é costumenamentar as ruas por onde passa a procissão com tapetes de colorido vivo e desenhos de inspiração religiosa."  Wikipédia
                                     Piso(lajota) das calçadas de Lages SC, em forma de Pinha aberta.


Cris. Weck - calçada de Lages figura da pinha aberta-2012
Foto Pinha - retirada do site: http://saojoaquimonline.com.br/miltonbarao/?p=3194

Pinheiro brasileiro (pinhão) ao fundo - Araucária.