segunda-feira, 11 de julho de 2011

GRAVURA - Introdução

Desde que trabalhei a Gravura com os alunos na escola, em forma de uma Mini-Oficina, tenho sentido  necessidade de voltar  a faze-la. Andava sem tempo, energia, nem inspiração para "por a mão na "massa", fazer meus trabalhos. Meio sem alma! 
Sou apaixonada pela Escultura e a Gravura, em especial, as modalidades da Xilogravura, Cologravura, Linóleo e Frotagem (Frotagem também pode ser considera uma modalidade da gravura).
A Escultura e a Gravura possuem um momento - um estágio em comum (deve ser por isso que prefiro as duas).
A MATRIZ da Xilogravura, não deixa de ser uma escultura, pois escava-se, entalha-se uma imagem em  relevo, para depois imprimi-la. O artista André de Miranda fala da gravura como: "uma arte da raiva. Você corta, fere, rasga a pele da madeira.(...) Portanto cada original traz os vestígios dessa violência, por mais que se tente esconder".
Mas é uma violência canalizada em busca do Belo.
Em uma das postagens anteriores já mostrei alguma coisa sobre Gravura (Mini Oficina de Gravura), um trabalho realizado com meus alunos do 9º ano da escola em que eu estava dando aula.
Resolvi então dedicar mais algumas postagens sobre GRAVURA – entrando um pouco na história, artistas e suas obras, técnicas e claro, não vou deixar de mostrar alguns trabalhos meus.
Nesta 1ª parte sobre GRAVURA, vou mostrar alguns trabalhos, que eu gosto muito,  do artista carioca, contemporâneo, André de Miranda. Todas as suas gravuras são maravilhosas, mas tenho  algumas preferidas. André de Miranda esteve aqui em Campo Grande (MS), neste mês de julho/11 para a abertura de sua exposição “VIVA A GRAVURA!” que é uma retrospectiva dos seus 30 anos de gravura, no MARCO (Museu de Arte Contemporânea de MS). O artista também ministrou  mais uma Oficina de  Xilogravura. Fiz a 1ª oficina, anos atrás, foi ótima!
Dessas gravuras que eu gosto muito, André de Miranda trabalha, imprime sobre encartes de propaganda de imóveis, ou jornais. São as xilogravuras da série “Xilocidade – memória urbana gravada”. A cor fica por conta do fundo, que também é um material impresso. Ficou muito interessante.
Essa série, segundo a artista visual Manoela Afonso, é “um movimento poético em busca do registro da memória arquitetônica urbana”.

"Meier 03" - da série Xilocidades - André de Miranda
Xilogravura - “Zona Sul” - André de Miranda

 André de Miranda
"VASO PRETO S/ TOALHA BRANCA
linoleogravura - 1999
17,2 X 20,4 cm


Uma outra série sua,  exposta no MARCO,  André de Miranda  trabalha a desconstrução, rasgando as suas xilos e reorganizando-as de forma diferente através da colagem. Muito bacana!


Cidade 44

André de Miranda
Colagem das suas xilos - 12 X 16 cm – 2008


Cidade 91
André de Miranda
Colagem das suas xilos - 12 X 16 cm – 2008

              E para não deixar de prestigiar o  Ano Internacional das Florestas, coloco a Xilo de uma ÁRVORE, de André de Miranda, a qual  ele dá o nome de SOLIDÃO.

"SOLIDÃO"
André de Miranda
xilogravura - 2004
5 X 9,5 cm
André de Miranda - Desenhista, pintor e gravador, considera-se autodidata, embora tenha estudado e freqüentado diversos ateliês de gravura, tendo aulas de xilo com Ciro Fernandes e Anna Carolina Albernaz, metal com Marcelo Frazão e Heloísa Pires Ferreira. Coordenou oficinas de Xilogravura em diversas cidades de MS, Rio, Curitiba e Porto Alegre.

Folder da exposição no MARCO: Viva a Gravura! Uma retrospectiva dos 30 anos de gravura de André de Miranda
http://www.iar.unicamp.br/cpgravura/cadernosdegravura/downloads/p3_GRAVURA_2_nov_2003.pdf
http://xilogravandocia.blogspot.com/
http://mirandart.blog.uol.com.br


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